Como desapegar de hábitos tóxicos com nossos filhos

Educar filhos com certeza não é uma tarefa fácil, pode mexer com todo equilíbrio emocional familiar. No final das contas, as crianças, assim como nós adultos, só querem ser amadas e se sentir especiais.

Se queremos fazer da nossa casa o melhor lugar do mundo, temos que ter a consciência de que influenciamos diretamente o comportamento das crianças.

Por isso, o papo de hoje vai te ajudar a desapegar de hábitos tóxicos e ressignificar comportamentos, a fim de construir uma relação de respeito mútuo entre pais e filhos.

Neste conteúdo você vai ver:
  • Você já ouviu falar em parentalidade positiva?
  • Por onde começar a aplicar a educação positiva?
  • Birras ou coisas do gênero
  • Parentalidade positiva: sugestões para desapegar de hábitos tóxicos
Continue lendo para saber mais.

Você já ouviu falar em parentalidade positiva?

Trata-se de uma filosofia baseada na educação positiva que pressupõe olhar para a criança com mais humanidade, por meio de uma abordagem focada no respeito, autonomia, empatia, autodisciplina e resolução de problemas.

Isso não quer dizer que não existam limites, muito pelo contrário. Só que ao invés de reprimir a criança com castigos, ameaças ou até mesmo punições físicas, a educação positiva disciplina pelo exemplo, encorajamento e apoio, encontrando um ponto de equilíbrio entre a firmeza e a gentileza.

Podemos dizer que este é o caminho do meio, considerando que em um extremo está a educação rígida, na qual quem manda é o adulto, e do outro a permissividade, quando não há regras nem limites, e quem manda é a criança.

Chega de cometer erros e abusos psicológicos com seus filhos por falta de informação ou por pensar que “sempre foi assim”. A parentalidade positiva pode transformar para melhor a vida da sua família e o futuro dos seus filhos. 

Por onde começar a aplicar a educação positiva?

Ainda que, muitas vezes, o equilíbrio emocional familiar fique abalado e você se sinta extremamente perdido(a), desrespeitado(a) e irritado(a), chegando a disputar por poder com as crianças, o primeiro passo é deixar para trás qualquer tipo de violência, tanto física quanto verbal.

A violência não ensina ninguém a lidar com os próprios sentimentos ou a ter comportamentos adequados, apenas faz a criança ter medo da reação dos pais.

Esse tipo de punição deu origem, em 2014, à Lei da Palmada, que proíbe a aplicação do castigo físico ou qualquer tratamento cruel, determinando que pais que agredirem os filhos recebam orientação, tratamento psicológico ou psiquiátrico, além de advertência por praticarem tais atos.

Isso porque já foi comprovado que o cérebro cresce até os 23 anos de idade, e que até amadurecer, somos influenciados pelas experiências iniciais de vida. É aí que entra a parentalidade positiva!

Especialistas apontam que, ao receber uma criação regida pelo respeito, as crianças se tornarão adultos que não aceitarão situações que faltem respeito.


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Birras ou coisas do gênero

Para agir com inteligência diante de birras ou coisas do gênero, é preciso entender que este é o único recurso emocional da criança naquele momento. A recomendação é observar o que pode ter causado o estresse: sono, cansaço, fome, calor, nervosismo, insegurança?

A partir disso, é possível sanar a necessidade básica oferecendo o que comer caso a questão seja fome, por exemplo, ou dizer não, por meio da validação do sentimento. Uma boa abordagem seria: “Vejo que você está estressado(a). É realmente cansativo ficar aqui esperando. Vamos brincar de alguma coisa enquanto isso?”

O segredo da parentalidade positiva está em distrair a criança, sempre com empatia, falando a língua dela. Muitas vezes, pegar no colo e dar uma volta já é o suficiente.

Mas e quando o bicho pega e a situação sai do controle? A recomendação ainda é tratar com gentileza. Abrace, mesmo sem querer abraçar. Peça de forma calma, firme e carinhosa para a criança respirar fundo e diga que vai passar. Recapitule o que aconteceu e deixe a correção para um segundo momento.

O negócio é tentar não negociar quando a criança estiver excedendo os limites, mas acolher o sentimento de frustração. Que tal “entendo que você quer muito esse brinquedo, mas hoje não vamos comprar, infelizmente. Vamos pensar em outra brincadeira?”.

Parentalidade positiva: 15 orientações que vão te ajudar a despegar de vez dos hábitos tóxicos com os filhos:

  1. Entenda as necessidades por trás das condutas e os aspectos de cada faixa etária e adeque as expectativas;
  2. Desenvolva o autocontrole e o autoconhecimento. Você é o adulto, portanto, a parte madura da relação;
  3. Repense certos padrões de condutas tradicionais, questionando o porquê dessas condutas e criando um ambiente familiar positivo e acolhedor;
  4. Ensine o que é empatia pelo exemplo, com palavras e atitudes positivas, ouvindo o que a criança tem a dizer e atendendo de forma amorosa;
  5. Crie vínculos e memórias felizes em conjunto;
  6. Ame a criança pelo que ela é, não pelo que ela faz;
  7. Apoie os interesses e talentos dela;
  8. Ensine-as a expressarem seus desejos e emoções;
  9. Não desvalide o choro ou o medo da criança. Permita que se expresse e utilize livremente esse recurso de comunicação e alívio emocional;
  10. As regras devem ter supervisão e ser consistentes, explique de forma clara o que pode e o que não pode;
  11. Jamais use punição corporal, pois ela pode trazer consequências muito negativas e danos psicológicos;
  12. Na hora da bronca, evite xingamentos ou ofensas; 
  13. Instigue a curiosidade da criança fazendo-a procurar o significado das coisas ao invés de ficar perguntando a você;
  14. Não perca o equilíbrio quando seu filho quebrar as regras para testar até onde pode ir. Mantenha a calma e entenda que esse comportamento faz parte do desenvolvimento dela;
  15. Dê espaço para a criança fazer as próprias escolhas, errar e passar pelas próprias experiências.

Educar filhos com certeza não é uma tarefa fácil, pode mexer com todo equilíbrio emocional familiar. No final das contas, as crianças, assim como nós adultos, só querem ser amadas e se sentir especiais.

Vale ressaltar que procurar ajuda profissional não deve ser motivo de vergonha, pelo contrário, buscar conhecimento sobre educação positiva mostra que você tem interesse em fazer o melhor que pode. 

Afinal, não existe um manual sobre como educar filhos da forma correta, mas as chances de você replicar o que recebeu na infância é muito grande, especialmente se você não está atento(a) aos próprios padrões de comportamento. Logo, usufruir do acesso às informações que temos hoje é, sem dúvidas, algo que deve ser feito com sabedoria. 

Portanto, a partir de agora, mantenha a atenção e, da próxima vez que seus filhos agirem de uma maneira que não lhe agrada, já sabe… respire, conecte-se pelo coração, converse e seja firme e gentil, sempre!

Nós, da Homey, acreditamos que a transformação que desejamos ver no mundo começa em casa, com escolhas mais empáticas, e o bom relacionamento entre pais e filhos é fundamental nesse processo!

Se você tiver mais alguma dica para incluir na lista de sugestões para como desapegar de hábitos tóxicos com nossos filhos, envie uma mensagem ou comente aqui embaixo. Juntos, podemos trocar informações e aprender cada vez mais. 🙂

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